sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Infinitivo impessoal: substituir.

É inegável que seres humanos merecem tratamento diferente de objetos, não é necessário muito esforço para chegar à essa conclusão. Mas o que é o grande ponto que nos diferencia de coisas? A resposta é óbvia: pessoas não podem ser substituídas como coisas podem. Ou não deveriam ser substituídas.
Em um grupo de bilhões de representantes, a raça humana se apresenta na maior diversidade dentro de um mesmo grupo. Não é de se admirar que não haja muita dificuldade em se encontrar alguém "melhor", que atenda mais às expectativas. Mas é possível substituir? Preencher o espaço que antes de era de alguém "pior", como se tira um vaso feio da mesa? É aceitável valorizar qualidades acima de sentimentos?
A grande dificuldade de ligação real entre as pessoas torna isso possível. Hoje gostar, amanhã talvez, tornou-se
natural e corriqueiro, em grande parte devido ao grande fluxo de informação que há. Sempre tem alguém melhor esperando por você. E a pessoa ao seu lado se torna desinteressante ao ponto de não haver qualquer relevância com relação dos sentimentos do indivíduo e os seus. E novamente aparece o fantasma do egoísmo, tornando isso possível. Não se
importar, é a questão. Colocar os próprios interesses acima dos de qualquer pessoa. Valorizar o TER e não o SER. O possuidor de qualidades, beleza, dinheiro ao invés do que é, e apenas é, alguém que está ao seu lado.
Ouso afirmar que é deprimente. Dessa forma, quem será bom o suficiente?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Who the hell is Luke Worhall?

Nascido em Londres em 26 de dezembro de 1989, Luke Whorhall foi descoberto enquanto andava de skate, em 2007. Atualmente tem no currículo várias aparições na revista Dazed and Confused, na Vogue Inglesa e uma comparação (muito merecida) com a top Agyness Deyn. Ocupa a posição de 36° no ranking dos 50 modelos mais requisitados, nada mal para quem começou a carreira a menos de três anos atrás. É noivo de Kelly Osbourne, a filha da lenda do rock Ozzy Osbourne.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Existem filmes que marcam nossa vida, e Priscila - a Rainha do Deserto é definitivamente um deles pra mim. Sempre me lembro da frase de Bernadette, que em meio a tantas situações difíceis declarou que nunca descia do salto. Literalmente.
Essa comédia foi lançada em 1994, e ganhou o Oscar no mesmo ano como melhor figurino, e relata as aventuras de três drag-queens que atravessam o deserto australiano em um ônibus, que ganha o nome de Priscila. É claro que estão presentes todos os elementos que fizeram do filme um clássico gay, da trilha sonora (com direito a muito I Will Survive) ao visual hiper exagerado, passando pelos números musicais em que as três se apresentam devidamente caracterizadas. Mas o filme não se resume a isso, e muitas lições podem ser tiradas, pois acima de tudo o filme trata sobre amor e aceitação.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O adormecer da razão gera monstros.

Eu lembro de quando eu era criança, quantas vezes não ouvi das pessoas mais velhas que o excesso sempre faz mal. Era tão incompreensível, como coisas tão boas podem ser ruins? Afinal, são tão boas que podem continuar assim pra sempre. Agora lhes digo: o excesso, não importa de quê, sempre faz mal.
A razão humana se baseia principalmente na busca, e uma mente saudável está em contínuo funcionamento, e incessante necessidade e mudança. A razão nada mais é que o discernimento, a capacidade de separar o que é bom do que é ruim, o que é proveitoso do que não é. E é inerente à maioria dos humanos, com um lento e gradual desenvolvimento que inicia-se com a infância. Por esse motivo as crianças tendem a pensar de forma mais irracional que indivíduos de maior experiência. O que (deveria) apresentar grande mudança com a adolescência e a vida adulta.
Porém, acima da razão encontram-se os instintos. E é instintivo do homem a busca pelo prazer, e quando essa fonte de prazer, alegria, saciamento, é localizada, a tendência humana é tentar tirar o maior proveiro possível dela. E aí, meus caros, encontra-se um conflito que atravessa eras: a razão não mais tem utilidade, torna-
se um inimigo do prazer. A razão traria a busca de outras fontes de saciamento pessoal, e a luta com os instintos podem por vezes... desligá-la.
O que é um homem sem razão? Ouso em afirmar, que,acima de tudo, o que observamos em casos de vicios em jogos, bebidas, sexo, e por que não drogas, assim como casos de excessivo apego material, paixões violentas, preguiça e comodismo é o adormecimento da razão. Os monstros, nascidos do excesso, juntamente de tantos outros. Atividades que trariam alegria e prazer são instintivamente configuradas como inerentes à atividade de vida, e ao mesmo tempo, o discernimento de seus malefícios são ocultados, junto com o fim da razão.
A sensatez está em manter-se em um meio-termo, pois como afirmou Blaise Pascal: "Dois excessos: excluir a razão, admitir apenas a razão"

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Le fureur


Fato é que teu rosto tem em mim algum efeito. Tua proximidade é elétrica, meu pulso acelera, perco os sentidos. E em troca, sorrio. Ora, poderia você notar, e poderia eu prever? De fato eu sim, imaginei, desde o momento que pus meus olhos em você, que você era quem eu sempre procurei. Mais em troca, eu sorrio. Tuas palavras me enbriagam, teus sorrisos me afogam, teus olhos me fazem perder. Eu sorrio, meu coração pulando, minha visão se perdendo, eu sorrio. É o que posso fazer, nunca declararei "É amor!" pois seria uma definição fútil. Nunca segurarei tua mão, pois seria tolice. Nunca te sentirei junto a mim, seria paradoxal, seria inimaginável. Só sorrio. Olha meu sorriso, é a prova que você me eterniza, você me destrói. Sem minha razão permito, me faz sentir, me dá a cor pra eu colorir a verdade. E sorrir. Por você, espero, por nada, mais a tua companhia me faria esperar pela eternidade, enebriada como pelo mais forte veneno, que não ouso chamar de paixão. Chamo de sorriso.


Leia esse e outros textos de minha autoria em http://jumpjumparround.zip.net/

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Adote amigos.

Gostaria de fazer um apelo, não por mim, e sim por alguém que não pode falar por si mesmo. No início do ano muitas pessoas decidem adquirir bichinhos de estimação, e outra grande quantidade foi dada de presente de natal. Então peço: não compre seus cães ou seus gatos. Não pague por eles, é um amigo, e você não pode pagar por um. É muito mais simples e humanitário você pegar um animal abandonado, seja em um abrigo ou
na rua mesmo, é um ato de solidariedade que aumenta, e muito a sua ligação com seu animal.
Ouço muita gente comentar que os animais de rua são "feios", "sujos" ou "doentes". Ora, sujos, e possivelmente com problemas são, eles foram abandonados pelo responsável pelos seus cuidados, e da mesma forma que não podem pedir para que você os adote, não podem tomar conta de si mesmos. Quanto a serem feios, me surpreendo ao ver que foi criado um padrão de beleza também para os animais. Muitos deles são resultado de cruzamento entre diferentes raças, sim. Porém isso não os torna menos divertidos, amigos, e gostaria de lembrar que o vira-lata é um dos cães mais inteligentes.
Portanto, passe longe de feiras de animais, de canis de comércio e cãezinhos de aquário de pet shop. Seu melhor amigo pode estar ali, na frente da sua casa, e sem você ele dificilmente irá sobreviver por muito tempo.
E só pra lembrar, aquelas pessoas que se irritam com o animal que têm, ou que por comodismo resolvem abandoná-lo, são as mais hipócritas que vejo. Abandone seus filhos, seus avós idosos, na rua, faria isso? Não é diferente, ao aceitar um animal você se torna inteiramente responsável por ele, até sua morte. Ele não vive sem você, e confia em você.
Então não compre amigos, nem os abandone. Adote, e garanto que sua satisfação será muito maior.
http://www.youtube.com/watch?v=GYS3zq3lXXA e por favor, assistam, não é pela propaganda da ração, é porque você pode fazer algo.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Love is free, and always will be.

Eu não nego: não sou fã de relacionamentos sérios, vulgo "namoro". E por alguma razão desconhecida tenho uma reação de raiva quando alguém me julga sua posse. Aqueles ciúmes doentios que são legalizados sob a fachada de um namorado. E faço uma relação inconsciente das alianças com grilhões, ou coleiras. Dramática?
Claro que acredito no amor, e é exatamente por isso que persisto em meu ponto de vista... pouco ortodoxo. Eu acredito que quando você se apaixona por alguém, e aceita ser dono dessa pessoa, e vice-versa, tudo o que envolve essa relação passa a ser negativo. E ter que dar satisfações de aonde foi, quem são os contatos do orkut, porque não atende o telefone, só tendem a destruir qualquer romance. E sem romance, sem
amor.
Podem falar, portanto, que sou meio hippie, quando fico pregando o amor livre, sem preconceitos e posses, no melhor estilo "sou de todo mundo, todo mundo é meu também"(vide Tribalistas). Talvez tal concepção seja meio retrógrada, ultrapassada. Ou seja adiantada demais para os casais com alianças que circulam por aí. Mais fato é que o amor é, acima de tudo, livre. E nenhum status de redes sociais mudam isso.