É inegável que seres humanos merecem tratamento diferente de objetos, não é necessário muito esforço para chegar à essa conclusão. Mas o que é o grande ponto que nos diferencia de coisas? A resposta é óbvia: pessoas não podem ser substituídas como coisas podem. Ou não deveriam ser substituídas.
Em um grupo de bilhões de representantes, a raça humana se apresenta na maior diversidade dentro de um mesmo grupo. Não é de se admirar que não haja muita dificuldade em se encontrar alguém "melhor", que atenda mais às expectativas. Mas é possível substituir? Preencher o espaço que antes de era de alguém "pior", como se tira um vaso feio da mesa? É aceitável valorizar qualidades acima de sentimentos?
A grande dificuldade de ligação real entre as pessoas torna isso possível. Hoje gostar, amanhã talvez, tornou-se
natural e corriqueiro, em grande parte devido ao grande fluxo de informação que há. Sempre tem alguém melhor esperando por você. E a pessoa ao seu lado se torna desinteressante ao ponto de não haver qualquer relevância com relação dos sentimentos do indivíduo e os seus. E novamente aparece o fantasma do egoísmo, tornando isso possível. Não se
importar, é a questão. Colocar os próprios interesses acima dos de qualquer pessoa. Valorizar o TER e não o SER. O possuidor de qualidades, beleza, dinheiro ao invés do que é, e apenas é, alguém que está ao seu lado.
Ouso afirmar que é deprimente. Dessa forma, quem será bom o suficiente?